
Muitas pessoas, principalmente, os ateus tem diversas dúvidas da existência de Jesus Cristo, pois alegam que tudo não se passa de histórias inventadas ou contos de fadas. Porém, existem diversos relatos escritos que comprovam a existência de Jesus Cristo. Alguns desses escritos estão nessa lista.
1- Plínio, o Jovem:
Plínio, o jovem, foi um jurista e político e e governador imperial na Bitínia. Plínio enviou cartas ao imperador romano Trajano. Na carta 96 encontramos algo sobre o cristianismo primitivo e também à Jesus.
As cartas que compõem o Livro X foram escritas na Bitínia: são 122 ao todo, trocadas com o imperador Trajano, onde um dos temas abordados nas epístolas plinianas diz respeito às perseguições aos cristãos. São as epístolas 96 (escrita por Plínio) e a 97 (escrita pelo imperador Trajano) que expõem o embate em torno do tema dos cristãos.
Nessa carta ele fala sobre o rápido crescimento do Cristianismo na província da Bitínia, seja nas regiões urbanas ou rurais. Ele também afirma ter interrogado aqueles que haviam sido acusado de serem cristãos e sentenciados a morte por isso, para verificar se insistiam em sua afirmação de serem de fato cristãos, como ele mesmo afirma. Leia o que Plínio escreveu em um trecho da epístola 96:
"... têm como hábito reunir-se em um dia fixo, antes do nascer do sol, e dirigir palavras a Cristo como se este fosse um deus; eles mesmos fazem um juramento, de não cometer qualquer crime, nem cometer roubo ou saque, ou adultério, nem quebrar sua palavra, e nem negar um depósito quando exigido. Após fazerem isto, despedem-se e se encontram novamente para a refeição..."
Plínio também fala de pessoas que haviam sido acusadas de serem cristãs, mas que assumiam que na verdade não eram, e a prova era adorar a imagem do Imperador bem como os deuses imperiais. Também exigia que esses acusados amaldiçoassem a Cristo, coisa que um cristão de verdade não seria capaz de fazer. Sobre esses “supostos” cristãos, Plínio escreve:
"...Todos estes adoraram a tua imagem e as estátuas dos deuses e amaldiçoaram a Cristo, porém, afirmaram que a culpa deles, ou o erro, não passava do costume de se reunirem num dia fixo, antes do nascer do sol, para cantar um hino a Cristo como a um deus; de obrigarem-se, por juramento, a não cometer crimes, roubos, latrocínios e adultérios, a não faltar com a palavra dada e não negar um depósito exigido na justiça. Findos estes ritos, tinham o costume de se separarem e de se reunirem novamente para uma refeição comum e inocente, sendo que tinham renunciado à esta prática após a publicação de um edito teu onde, segundo as tuas ordens, se proibiam as associações secretas...”
Entre outras afirmações, Plínio descreve como era ser Cristão naquela época. Onde fiéis de Jesus eram perseguidos por serem seguidores de uma nova crença e por serem um grupo em minoria.
“...O assunto parece-me merecer a tua opinião, principalmente por causa do grande número de acusados. Há uma multidão de todas as idades, de todas as condições e dos dois sexos, que estão ou estarão em perigo, não apenas nas cidades mas também nas aldeias e campos onde se espalha o contágio dessa superstição; contudo, creio ser possível contê-la e exterminá-la...”
2- Flávio Josefo:
Flávio Josefo, foi um historiador e apologista judaico-romano, descendente de uma linhagem de importantes sacerdotes e reis, que registrou in loco a destruição de Jerusalém, em 70 d.C., pelas tropas do imperador romano Vespasiano, comandadas por seu filho Tito, futuro imperador. As obras de Josefo fornecem um importante panorama do judaísmo no século I.
Suas duas obras mais importantes são "A Guerra dos Judeus" (c. 75) e "Antiguidades Judaicas" (c. 94). O primeiro é fonte primária para o estudo da revolta judaica contra Roma, enquanto o segundo conta a história do mundo sob uma perspectiva judaica. Estas obras fornecem informações valiosas sobre a sociedade judaica da época, bem como sobre o período que viu a separação definitiva do cristianismo do judaísmo e as origens da dinastia flaviana, que reinou de 69 a 96.
-A obra "Antiguidades Judaicas" foi composta em grego para os patronos romanos de Josefo, e constitui-se em uma narração da história hebraica desde a criação de Adão e Eva até a Primeira Guerra Judaico-Romana. É considerada a mais importante obra de Flávio Josefo e uma das maiores de toda a antiguidade. Esta obra é, às vezes, traduzida para o português como História dos Judeus.
-Flávio escreveu em sua obra “Antiguidades Judaicas“ no capítulo terceiro do volume XVIII diz:
“… entretanto existia, naquele tempo, um certo Jesus, homem sábio… Era fazedor de milagres… ensinava de tal maneira que os homens o escutavam com prazer… Era o Cristo, e quando Pilatos o condenou a ser crucificado, esses que o amavam não o abandonaram e ele lhes apareceu no terceiro dia…”.
3- Mara Bar-Serapião:
Mara Bar-Serapião foi um escritor sírio e ficou conhecido por ter fornecida uma das maiores referências não judaica e não cristã sobre a existência de Jesus Cristo quando escreveu uma carta 40 anos depois da crucificação (73 d.C.) onde encoraja seu filho a adquirir conhecimento. Nesta carta ele usa diversos exemplos como, os filósofos Sócrates e Pitágoras, além de um “rei sábio” que havia sido executado pelos judeus.
4- Cornélio Tácito:
Cornélio Tácito foi um historiador, orador e político romano. Ocupou os cargos de questor, pretor, cônsul e procônsul da Ásia. No livro XV dos Anais, Tácito descreve a perseguição que Nero empreende, culpando os cristãos pelo incêndio de Roma, onde 15% da cidade foi parcialmente destruída. Segundo Tácito, havia suspeitas de que o próprio Nero teria causado o incêndio. A passagem sobre os cristãos é considerada por muitos autores a primeira referência pagã à existência histórica de Jesus Cristo.
“… Nero infligiu as torturas mais refinadas a esses homens que sob o nome comum de cristãos, eram já marcados pela merecida das infâmias. O nome deles se originava de Cristo, que sob o reinado de Tibério, havia sofrido a pena de morte por um decreto do procurador Pôncio Pilatos…”.
5- Caio Suetónio Tranquilo:
Caio Suetónio Tranquilo, foi um escritor latino. Seutónio, dedicou-se às armas e às letras. Escreveu as"Vidas dos Doze Césares", que hoje é considerado muito significante em antiguidade e permanece como uma das principais fontes sobre a história romana. O livro discute o importante e crítico período do principado, do início da República até o reinando de Domiciano; comparações são geralmente feitas com Tácito cujos trabalhos remanescentes documentam um período similar. Escreveu em um trecho do livro quinto da obra, mais precisamente no capítulo XXV no qual evoca o imperador Tibério:
“… expulsou de Roma os judeus, que instigados por um tal Cristo, provocavam frequentes
tumultos…”.
6- Luciano de Samosáta:
Luciano de Samósata foi um escritor grego que escreveu, apesar de não ser cristão, durante toda a sua vida (segundo século) que Jesus Cristo era adorado pelos povos cristãos, pois teria introduzido diversos novos ensinamentos e que foi por eles mesmos crucificado. Luciano de Samósata diz ainda em seu escritos que entre os principais ensinamentos de Jesus Cristo estavam a fraternidade, a importância da conversão e que todos deveriam negar outros deuses a não ser o seu pai. Ele ainda fala que os cristãos viviam sob as leis de Jesus, acreditam ser imortais e desdenhavam da morte.
7- Celso, o filósofo:
Celso foi um filósofo grego do século II, lembrado como opositor do cristianismo. Sua obra A Verdadeira Palavra foi contestada por Orígenes, numa polêmica famosa, em sua obra Contra Celsum.
O conteúdo da obra de Celso atacava a forma de nascimento de Jesus, que alegou ter sido adulterina, e disse que ele aprendeu sua filosofia no Egito. Também negou sua natureza divina. Rebateu a doutrina da encarnação de Deus como absurda, e também a da providência divina. Defendeu o politeísmo e disse que cada lugar e povo tem suas deidades particulares, e seus profetas, que aparecem de tempos em tempos. O livro é interessante também porque dá uma visão externa do Cristianismo no século II.
O que você achou da lista? Deixe sua opinião nos comentários. Esquecemos de algo? Deixe nos comentários.
0 Comments for "As 7 pessoas que confirmaram a existência de Jesus"